O trabalho do profissional de serviço social na Instituição de Longa Permanência para Idosos, (ILPIs) vem recebendo novas demandas tendo em vista o elevado número de pessoas idosas na sociedade. No Asilo Padre Cacique, essa realidade não é diferente. Os avanços das tecnologias e da medicina influenciam na longevidade e é fundamental trabalhar para manter a qualidade de vida dos moradores.

A categoria passou por uma evolução grande ao longo das últimas décadas mudando bastante o perfil profissional. O que muita gente não sabe é que o Serviço Social surgiu no Brasil na década de 30, estreitamente ligada a Igreja Católica. Naquela época, o país passava por uma fase turbulenta, onde a burguesia não estava dando conta das diversas manifestações da classe trabalhadora, que reivindicavam por melhores condições de trabalho e justiça social. Preocupada com essa situação a fim de manter os seus interesses de exploração da força de trabalho, a classe dominante, juntamente com o Estado somaram forças para conter a classe operária, mantendo a harmonia social. A Igreja passou então a oferecer formação específica para moças de famílias tradicionais com intuito de exercer ações sociais.

Hoje, a realidade é completamente diferente. Na prática, o que os assistentes sociais fazem é elaborar, coordenar, analisar e executar programas em diferentes áreas, como educação, habitação, assistência social, cultura e saúde. Além disso, são eles que ficam em contato direto com as pessoas em situações de vulnerabilidade.

"O Serviço Social trabalha antes de tudo com o conceito de equidade, ou seja, que todos tenham acesso aos mesmos direitos, respeitando-se a individualidade de cada cidadão. Sendo assim é muito importante que o profissional mantenha seu arcabouço legal e teórico-prático sempre em acordo com seu público alvo. No caso da população idosa em Instituições de Longa Permanência é necessária uma verdadeira dança, na qual evitam-se os extremos que possam infantilizar o idoso, garantindo o respeito e a escuta sensível, tão necessários no dia a dia da profissão. É muito importante reconhecer que a idade cronológica não é um marcador preciso para as mudanças que acompanham o envelhecimento e saber lidar com isto no dia a dia dessas pessoas requer uma auto avaliação diária para o profissional", explica a gerente assistencial do Asilo Padre Cacique, Rogéria Pazini.

Para a profissional, a data é de extrema importância no reconhecimento de um trabalho feito com muita dedicação.

"Se pensarmos que a família é um grupo de indivíduos que protegem, cuidam e amam, não só o serviço social, mas todos os trabalhadores de Instituições de Longa Permanência como a nossa acabam formando uma grande família, no nosso caso a Família Padre Cacique”. disse.

15 de maio

Em 15 de maio é celebrado o Dia do/a Assistente Social. A data foi escolhida em virtude do Decreto 994/62 editado em 15 de maio de 1962, que regulamenta a profissão, criando assim os Conselhos Federal e Regionais, que regulamentam as atividades da classe. A prática profissional também é orientada pelos princípios e direitos firmados na Constituição de 1988 e na legislação complementar referente às políticas sociais e aos direitos da população. Atualmente existem no Brasil cerca de 110 mil assistentes sociais inscritos/as nos CRESS em exercício profissional.

Redação e coordenação: Marcelo Matusiak